Hoje em dia nenhum empresário pode ignorar a importância de aprender constantemente novas formas de melhorar a realidade do seu negócio. Mas poucos conhecem os princípios da cultura operacional e os modos de colocá-la em prática.
Inclusive, existe até um levantamento recente que demonstra como isso é importante. Trata-se da Pesquisa de Cultura Organizacional, da PwC Brasil, que demonstrou que mais de 70% das empresas que têm esse nível estratégico crescem com sucesso.
De fato, imagine alguém da área de empresas de prestação de serviços de contabilidade, sem um diferencial que permita otimizar os processos, reduzir gastos e se apresentar de modo mais atrativo perante a concorrência, seria difícil resistir ao mercado.
Isso ocorre pois vivemos tempos extremamente competitivos e concorridos, especialmente após o advento da internet, que permite que qualquer pessoa crie um site para divulgar seus serviços e vender produtos de todos os tipos.
O que a pesquisa demonstrou é que ter uma cultura operacional faz toda a diferença, demarcando o cenário entre aqueles negócios que são fundados com base em valores sólidos e sustentáveis, daqueles que surgem de forma amadora.
Empresas de consultoria e de análise de ambiente, como as que fazem avaliação do clima organizacional, também comprovam que o ambiente de trabalho depende eminentemente dos princípios que a marca é capaz de disseminar entre os funcionários.
Basicamente, a filosofia da marca é algo que surge no momento da fundação do negócio, geralmente entre os sócios ou fundadores. E com o tempo aquilo vai descendo da diretoria e do executivo para o nível mais operacional e rotineiro.
Assim, se os princípios forem fortes e sólidos o suficiente, a tendência é a de que a empresa consiga criar um ambiente agradável de trabalhar, o que reflete na qualidade da produção ou do serviço prestado, fechando um círculo vicioso.
Quando o que se tem são valores viciados, gerando um ambiente tóxico, as pessoas simplesmente acabam se fechando, com isso perdendo a confiança e o desempenho, pois ninguém trabalha bem em um regime de desconfiança e de sabotagem.
Por isso decidimos escrever este artigo, trazendo conceitos e conselhos sobre como criar ou modificar a cultura operacional de sua empresa. O mais bacana é que nos últimos anos essa metodologia se desenvolveu muito e pode ajudar qualquer um.
Ou seja, tanto para um setor como o de empresa de portaria e limpeza, que presta serviço, quanto para grandes firmas que vendem produtos, as dicas que seguem abaixo podem ajudar e muito a tornar o negócio mais próspero.
Então, se você quer entender como exatamente isso é possível e mudar a sua firma de patamar, basta seguir adiante na leitura.
Mais sobre cultura operacional
Há vários modos de remeter a esse conceito, tal como “cultura organizacional” ou “cultura corporativa”. Tudo isso remete à cultura operacional, que é um termo melhor.
Isso porque falar em algo organizacional ou corporativo pode encobrir um pouco o foco dessa cultura de que estamos falando: o fato de que ela pode e precisa trazer resultados práticos, ou seja, “operacionais”.
De fato, muita gente ouve falar nesse conceito e pensa que se trata de algo abstrato demais, que não passaria de perda de tempo.
Também é comum confundir a cultura operacional com os famosos pilares de Missão, Visão e Valores, que se popularizaram muito e hoje estão presentes no site de qualquer firma.
Na verdade, a noção de cultura vai muito além. Imagine uma empresa de fomento mercantil, por exemplo, que lida com factoring e esse tipo de transações. Ela precisa de valores e convicções caso queira atrair os melhores clientes, que são exigentes.
Deste modo, podemos dizer que alguns exemplos de princípios que demonstram uma cultura operacional de alto nível são os seguintes:
- Ter um sonho grande;
- Valorizar meritocracia;
- Focar em resultados práticos;
- Saber formar líderes;
- Saber servir como exemplo;
- Todos agirem como donos;
- Ter simplicidade no agir;
- Ter franqueza no falar;
- Buscar otimização constante;
- Acreditar no trabalho duro;
- Valorizar integridade moral.
Também assim, em alguns casos a empresa presta um serviço ou fabrica um produto que já é tradicional no mercado, de modo que sua cultura reflete apenas o ambiente do local.
Em outros casos pode se tratar de marcas novas, como startups cheias de inovações, ou mesmo uma fábrica de camisetas personalizadas, que já tem o DNA da inovação graças à possibilidade de o cliente customizar seus pedidos.
Nesses casos a cultura se torna algo ainda mais importante, pois sem um ambiente que seja realmente moderno e que dê espaço para cada um se realizar plenamente, dificilmente o negócio conseguiria atrair os verdadeiros talentos, o que é fundamental.
Sem uma equipe com comunicação saudável e espaço para os colaboradores crescerem e se realizarem como pessoas e como profissionais, nenhuma marca pode ter certeza de que vai seguir atendendo bem o público e enfrentando a concorrência.
É possível modificar uma cultura?
Depois de dizer tudo isso sobre como a cultura operacional deita raízes profundas na criação de uma marca, é normal surgir a dúvida sobre a possibilidade de modificar ou melhorar o caso de uma empresa que já existe há anos.
De fato, a impressão que fica é que se trata de algo tão difícil quanto arrumar um carro em movimento. Além de que nenhuma empresa pode parar a fim de ter a cultura, a gestão e o ambiente de trabalho reformados, não é mesmo?
Realmente, trata-se de um dos maiores desafios que um empresário pode fazer, mas sem dúvida é algo possível e frutífero. Só que para isso é preciso que os líderes tornem a mudança como uma prioridade.
Tudo pode começar com um desenho e melhoria de processos, talvez focando apenas na parte mais operacional, e depois começa a ficar mais claro que o desafio é um pouco maior, exigindo uma visão mais panorâmica.
É muito comum reconhecer a necessidade de rever toda uma cultura operacional após uma sucessão de erros menores, como reclamações de clientes, aumento do turnover (muitos funcionários pedindo demissão), queda na qualidade do produto/serviço, etc.
Então, o que parecia ser um detalhe, acaba ganhando todos os holofotes e trazendo a proposta para um nível bem maior de modificação e inovação.
Como lidar com a comunicação
Se tem algo que é indispensável é o esforço de começar a criar pontes entre as pessoas e os setores da empresa como um todo, pois a comunicação é o grande segredo.
De fato, não é possível resolver nenhum problema sem primeiro focar nos pontos de conflito, reconhecendo que eles existem e precisam ser encarados.
Um modo incrível de fazer isso é por meio de reuniões e pesquisas de satisfação. A primeira tática ajuda a alinhar os gestores e líderes, desde diretores até gerentes e tutores.
Realmente, imagine um segmento como o de empresas de folha de pagamento, que lidam eminentemente com funcionários em regime terceirizado, e por isso precisam de princípios de RH (Recursos Humanos) o tempo todo.
Seria até incoerente se não houvesse uma comunicação de qualidade. Já as pesquisas podem ser feitas de maneira anônima, por meio de plataformas digitais que deixam as pessoas realmente à vontade para falarem o que precisa ser dito.
Além disso, sem compartilhar as mudanças que serão feitas com toda a equipe, a modificação da cultura operacional nunca seria atingida de modo sólido, satisfatório e sustentável.
Sobre igualdade e meritocracia
Se tem uma confusão danosa no ambiente de trabalho é entre meritocracia e igualdade. De fato, todo ser humano é essencialmente igual e goza dos mesmos direitos básicos, contudo as pessoas são diferentes em termos de esforço e produtividade.
Os resultados disso são realmente visíveis no ambiente de trabalho, onde é possível identificar sem muito esforço quem faz por merecer e quem apenas dá o seu mínimo.
Pois bem, se tem algo que desmotiva uma equipe inteira é perceber que os piores se dão bem quando são amigos das pessoas certas, ao passo que os melhores não evoluem caso não tenham esses mesmo contatos.
Em empresas menores como um escritório contábil São Paulo, pode ser ainda mais fácil identificar o quanto a meritocracia pode gerar segurança na equipe.
Mas a mesma coisa vale para empresas maiores, pois todas elas precisam ter campanhas de reconhecimento, as quais podem ir desde bonificações com base em resultados até planos de carreira e participação nos lucros.
As maiores multinacionais do mundo têm investido cada vez mais nesse tipo de reconhecimento, como modo de fazer a manutenção da própria cultura operacional.
Isso também ajuda a evitar a necessidade negativa de alterar ou modificar radicalmente a cultura operacional de tempos em tempos.
Considerações finais
Como vimos, não é possível criar ou melhorar uma cultura operacional sem tornar essa mudança uma prioridade no horizonte da empresa.
Também assim, é preciso tomar consciência da cultura atual da empresa e verificar de modo realista e sincero as modificações que devem ser feitas.
Por fim, sem compartilhar as modificações com toda a equipe e alinhar as lideranças ao processo de mudança, seria difícil conseguir algo positivo.
Com isso chegamos ao fim, deixando claro como é perfeitamente possível modificar a cultura operacional de qualquer empresa, seja ela pequena, média ou grande.
Esse texto foi originalmente desenvolvido pela equipe do blog Guia de Investimento, onde você pode encontrar centenas de conteúdos informativos sobre diversos segmentos.