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O que é holding e quais tipos existem?

Afinal de contas, o que é holding? Quem tem algum entendimento sobre pessoa jurídica deve saber bem, ou pelo menos ter uma ideia do que é. Já adianto que vem exatamente do inglês “to hold”, algo que também pode ajudar na compreensão.

No entanto, se você não faz ideia do que isso seja, e nem tem muita compreensão da língua inglesa, não se preocupe. Neste post vou detalhar tudo sobre as holdings: o que é, os tipos, alguns exemplos e como se diferencia dos trustes, por exemplo, que são ilegais.

Confira também: Holding Familiar – Tudo que Você Precisa Saber

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O que é holding?

Pois então, não é difícil entender o que é holding nem para que motivações ela serve. Na verdade, podemos conceituá-la, de forma geral, como uma sociedade gestora matriz, que tem participações sociais e que tem controle sobre outras empresas.

Por isso, algumas características básicas das holdings são as seguintes:

  • Possuem a maior fatia das ações ordinárias de uma ou mais empresas
  • Atuam fundamentalmente como controladoras e administradoras dessas outras empresas
  • Podem ter suas atuações voltadas a apenas uma empresa ou a mais
  • Dessa forma, por serem sócias majoritárias, tomam as decisões fundamentais destes negócios
  • Realizam uma (re)organização da estrutura de capital das suas subsidiárias
  • A fim de melhorar a gestão e a administração geral, costumam criar e manter parcerias com outras empresas

Ou seja, rapidamente, elas podem ser definidas como a sócias majoritárias que administram uma ou mais empresas. Podem até ser uma sociedade gestora de determinado grupo, como não é incomum de se ver.

Este tipo de sociedade é bastante utilizado por empresas de porte médio e grande. A ideia, como já demonstrei acima, é melhorar a estruturação do capital social.

Quais são os tipos de holding?

O ordenamento jurídico permite uma ampla diferenciação de tipos de holding. Normalmente, os analistas costumam categorizar de duas formas distintas. 

Alguns, colocam dois principais tipos: as puras e as mistas. Por outro lado, alguns outros atuantes na área categorizam até oito tipos de holdings. Para deixar a publicação mais completa, vou seguir esta segunda abordagem.

1- Holding pura

Neste tipo de holding, há somente a participação no capital social de outras empresas. Sua função é, unicamente, administrar e controlar estas outras, eventualmente financiando o necessário para sua operacionalização.

2- Holding mista

A de tipo misto é um pouco diferente. Ela pode, além desta atuação na participação do capital social, se envolver igualmente na exploração de atividades empresariais. É, aliás, o modelo mais utilizado no Brasil. Um de seus grandes benefícios é o de poder gerar despesas tributáveis para despesas dedutíveis.

3- Holding familiar

Sobre este tipo, já falamos aqui no site. Em síntese, como sugere o nome, é ligada por laços familiares. Também tem seus benefícios específicos.

4- Holding administrativa

Visa otimizar o controle empresarial, ao se tornar responsável pela gestão econômica do grupo. Pode substituir os sócios que estão na forma de pessoa física.

5- Holding de participação

Esta, por sua vez, tem como finalidade centralizar toda a administração de diversas sociedades. Para isso, costuma assumir toda a administração das participações sociais que sejam minoritárias.

6- Holding derivada

É quando uma empresa já existente se transforma em holding.

7- Holding setorial

Visa fazer com que sociedades com objetivos comuns sejam agrupadas num só local, normalmente especializada em algum setor.

8- Holding de controle

Ela objetiva deter o controle societário para garantir a administração mesmo que haja terceiros no negócio. Evita dificuldades de consenso no processo de tomada de decisão.

Exemplos de holdings

Na seção acima, demonstrei brevemente como funcionam diversos tipos de holding, com algumas características principais. Ainda assim, isso tudo está muito no campo teórico e no ordenamento jurídico, até o momento.

Para elucidar, considero necessário trazer exemplos práticos de holdings existentes. Certamente você já conhece muitos dos nomes abaixo, se não todos. Eles têm suas características próprias, é claro, mas são holding:

  • Itaú Unibanco S/A – criada em 2008, uma das 20 maiores do mundo na área financeira
  • J&F Investimentos – de capital fechado, tem subsidiárias como a Flora (limpeza e higiene pessoal), a JBS, a Vigor (alimentação), o Canal Rural (mídia), a Alpargatas S/A (vestuário e calçados) e a Eldorado do Sul (papel e celulose)
  • Berkshire Hathaway – com mais de 60 empresas, é dirigido por Warren Buffett, um dos homens mais ricos do mundo
  • LVMH – a holding do setor da moda, de cosméticos e de bebidas
  • Inditex – esta é, por exemplo, a que controla a Zara

Há muitos outros exemplos que eu poderia citar aqui. No entanto, não demonstrariam mais do que já foi até agora: as holdings são extremamente comuns no mundo de hoje e você precisa conhecer mais sobre a atuação delas.

Principalmente se você tem empresas (uma ou mais) de médio ou grande porte, uma holding pode ser uma boa ideia. Não é à toa que os maiores bilionários do mundo seguem este caminho, não é mesmo?

Holding x joint venture x truste

Uma holding não é uma joint venture, embora seja parecida, e muito menos é truste. Isso é o que veremos a partir de agora, até o final dessa publicação.

Uma joint venture se constitui quando duas empresas têm um acordo em comum, com a mesma finalidade. Uma vez que o objetivo for alcançado, não há mais por que haver acordo, e então ele é desfeito.

Já, o truste, é algo diferente, e até mesmo ilegal no Brasil há mais de duas décadas. Empresários formam truste quando desejam obter o controle de um determinado setor. Para isso, formam nova empresa com os mesmos sócios proprietários majoritários.

  • Uma holding se diferencia de uma joint venture porque, nas holdings, não há independência entre as pessoas jurídicas
  • A holding é uma alternativa legal ao truste, o que é utilizado sobretudo no mercado de ações. No entanto, há diferenciações fundamentais que permitem a sua legalidade, e elas são fiscalizadas pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE)

Ou seja, uma holding é algo único. Pode ter diferentes tipos, sua criação pode ser feita por finalidades distintas, mas ainda assim é uma realidade muito comum e precisamos aprender mais. Fique atento que no próximo post vou continuar detalhando-as!

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