Dólar Desafia Expectativas e Registra Alta de 0,65% Influenciado por Movimentação Global e Indicadores Econômicos dos EUA
Moeda Norte-Americana (Dólar) Ganha Força Após Reviravolta no Mercado de Ações e Dados Econômicos Positivos nos EUA
O dólar registrou um aumento de 0,65%, seguindo tendências internacionais, e alcançou R$ 4,75. O fechamento veio após um dia de oscilações, em que a moeda americana ganhou força frente a outras moedas de países emergentes e exportadores de commodities, alinhada com o mercado externo. Isso ocorreu em resposta a informações positivas sobre a economia dos Estados Unidos e uma reviravolta no mercado de ações durante a tarde.
No final do dia, o dólar comercial estava cotado a R$ 4,758 para compra e R$ 4,759 para venda, mostrando um crescimento de 0,65%.
No início do dia, dados econômicos favoráveis dos EUA dissiparam a preocupação de uma possível recessão, apesar do aperto monetário do Federal Reserve.
O Departamento de Comércio dos EUA relatou um aumento de 0,2% nas encomendas de bens de capital não-defensivos, excluindo aeronaves, surpreendendo economistas que previam uma queda de 0,1%. Além disso, o Produto Interno Bruto dos EUA cresceu a uma taxa anualizada de 2,4% no último trimestre, superando a previsão de 1,8%.
Esses números fortaleceram o dólar em relação a outras moedas fortes, enquanto o real brasileiro continuava ganhando força na primeira parte do dia. Isso foi em parte devido ao otimismo dos investidores com a agência Fitch elevando a classificação de crédito do Brasil.
No dia anterior, o dólar havia atingido seu valor mais baixo desde abril de 2022. Na menor cotação do dia, o dólar chegou a R$ 4,71. No entanto, durante a tarde, o panorama externo mudou. Os principais índices de ações dos EUA, que estavam em alta, começaram a cair, refletindo uma realização de lucros dos investidores durante a temporada de balanços.
Em resposta, o dólar fortaleceu-se contra moedas fortes e moedas de países emergentes e exportadores de commodities, incluindo o real brasileiro. Cleber Alessie Machado, gerente da mesa de Derivativos Financeiros da Commcor DTVM, comentou: “As bolsas dos EUA viraram para o negativo e as moedas emergentes também sentiram isso”. Um operador ouvido pela Reuters relatou que o movimento de alta do dólar foi intenso no final da tarde, disparando ordens de stop, o que intensificou a alta da moeda no Brasil.
No mercado internacional, o dólar continuou em alta em relação a uma cesta de moedas fortes e à maioria das moedas de países emergentes e exportadores de commodities. No início do dia, o BC vendeu todos os 16.000 contratos de swap cambial tradicional ofertados na rolagem dos vencimentos de setembro.
Fonte: InfoMOney