O empreendedorismo sempre ganha força entre brasileiros durante os períodos de crise. A recessão econômica que se estende por anos prejudicou a abertura e desempenho de negócios no Brasil, crescendo o apelo para a ideia de empreender fora do país.
A criação de uma nova empresa passa pelo planejamento de vários aspectos, estando entre os principais as questões administrativas e fiscais. O funcionamento de um empreendimento é impossível sem a observância das regras do local onde se instala.
O cenário brasileiro dispõe de dezenas de estados e milhares de municípios, cada qual com sua legislação específica para regulamentar as atividades econômicas permitidas na região. Estas normas envolvem questões ambientais, fiscais e de planejamento urbano.
Empreender fora do país pode significar uma complicação maior, visto que é necessário compreender a legislação nacional e distrital, escolher a cidade onde o negócio será instalado, como uma oficina de direçao hidraulica, e as condições para imigração.
Esse processo de adaptação toca em diversos pontos, como o domínio do idioma do país escolhido, a adequação aos requisitos da política migratória, o tipo e viabilidade da empresa em determinado ambiente, questões logísticas e de investimento inicial.
Os múltiplos aspectos que envolvem instalar uma empresa em outro país afastam muitos empreendedores, temerosos dos custos e das burocracias típicas do procedimento. No entanto, o processo pode ser mais simples do que se espera, a depender do país escolhido.
Nações que valorizam a importação de capital humano oferecem condições simplificadas para migração de negócios em direção a seus domínios. Isto acontece pela percepção de que atrair novos empreendimentos contribui para a prosperidade econômica destes países.
O empreendedor que deseja migrar para uma destas nações encontrará diferentes níveis de facilidades e considerações para a execução de sua atividade. Essas diferenças são associadas ao grau de pioneirismo e o valor percebido do negócio.
Antes de investir no exterior, o indivíduo que deseja se tornar um empresário fora do país precisa definir qual é o tipo de atividade, qual será o produto e como será a produção. Isso inclui as projeções de gastos com diversos departamentos.
Entre os principais países escolhidos pelos brasileiros para empreender estão os Estados Unidos, Japão e França. Entretanto, criar uma empresa de segurança eletrônica, por exemplo, enfrenta processos diferentes em cada país.
Empreender nos Estados Unidos
Os Estados Unidos figuram entre os destinos favoritos para brasileiros que desejam empreender fora. A tendência é internacional, tornando o país um dos mais intensos pólos econômicos do mundo, reunindo capital de todos os continentes.
As razões para este sucesso incluem a agilidade para abertura de novas empresas e consequentemente, a redução de burocracias e documentos exigidos para a regulamentação. O mercado americano apresenta outros benefícios, como:
- Alto nível de qualificação profissional;
- Infraestrutura altamente desenvolvida;
- Acesso à capital investidor;
- Cultura inovadora.
Sendo estes os principais indicativos para o sucesso das corporações. Um laboratório de metrologia encontra no mercado americano chances inéditas de crescimento, além de maiores lucros em comparação ao mercado brasileiro, de moeda desvalorizada.
Questões tributárias
Para abrir um negócio em território americano, não é necessário possuir residência ou estar morando no país. O processo pode ser realizado remotamente, apesar da exigência por um passaporte válido como documento no momento de abertura.
O novo empreendedor deve escolher a categoria de empresa em que o seu negócio será registrado. Os registros mais comuns são LLC e CORP, sendo o último mais conhecido e mais escolhido por estrangeiros, por seu modelo de tributação.
Uma empresa da categoria CORP pode negociar ações e, portanto, receber capital de investidores, além de distribuir seus dividendos da maneira como desejar. O modelo também desobriga os sócios da declaração de imposto de renda nos EUA.
O registro LLC traz consigo vantagens como: desobrigação de pagamento de imposto empresarial sobre os lucros, presente no modelo CORP, desonerando os quadros da empresa cadastrada.
Enquanto uma empresa CORP é tributada em seu lucro líquido e em parcelas distribuídas aos acionistas, considerados tributos à empresa e tributos à pessoa, respectivamente, o modelo LLC tributa apenas as parcelas dos dividendos destinados aos sócios.
A distribuição do lucro também é afetada pelo registro do empreendimento como LLC, configurando a transferência automática dos valores de acordo com porcentagem previamente estabelecida pelas normas do registro.
Uma empresa de manutenção industrial pode resolver a falta de um imóvel na cidade em que será realizada suas operações através da contratação de um endereço virtual. Outra facilidade é a opção “any and all lawful business” na identificação do ramo de atuação.
Traduzida por “todo e qualquer negócio legal”, a alternativa não especifica nenhuma categoria específica, permitindo que o empreendedor forneça atividades da indústria, comércio e serviços na mesma empresa.
Questões migratórias
Muitos brasileiros que desejam empreender no exterior aspiram uma migração posterior ao país onde será instalada a empresa. Apesar da possibilidade de administrar um empreendimento nos Estados Unidos do Brasil, imigrar apresenta outras obrigações.
Ter uma empresa em território americano garante o encaixe nos requisitos para aquisição do visto L-1, um dos vistos de trabalho que podem ser convertidos em moradia permanente, popularmente conhecida como Green Card.
Funcionários que ocupam funções gerenciais ou especializadas, proprietários de empresas de organização de eventos e outros empreendimentos podem solicitar o visto, que garante moradia temporária entre 1 a 7 anos.
Empreender na França e Japão
Com condições mais rígidas que o destino americano, a abertura de empreendimentos por estrangeiros na França e no Japão exige um visto permanente ou de trabalho. A abertura do negócio é feita após uma análise do projeto pelo órgão que regulamenta a atividade.
Portanto, para empreender em ambos os países é necessário construir um projeto detalhado do que se pretende fazer. Isso inclui informar a área de atuação, a quantidade de funcionários a serem contratados, patrimônio líquido e outros dados.
One fabricante de etiquetas adesivas deve se deslocar até o país e a região de sua escolha para efetuar a avaliação do projeto junto ao poder público responsável, através de reunião marcada. O processo acontece no idioma local.
No entanto, apesar das similaridades, a França e o Japão possuem algumas características exclusivas que o empreendedor deve observar antes de abrir o negócio.
Na França
O governo francês exige o visto de empreendedor para todos os estrangeiros que desejam abrir negócios em seu território. A autorização permite que o indivíduo viva no país por um período de 4 anos, podendo ser expandido para familiares próximos.
A solicitação do visto exige um investimento mínimo de 30 mil euros na futura empresa vinculada ao solicitante, além de certificados de mestrado ou experiência profissional na área equivalente a cinco anos. O visto é uma iniciativa de incentivo à inovação.
Portanto, para conquistá-lo, é necessário que o governo francês considere o projeto de negócio compatível aos objetivos da iniciativa. Uma vez aceito, o empreendedor pode permanecer no país e dar seguimento à implantação do negócio.
Consequentemente, o empreendedor deve seguir todas as diretrizes estabelecidas para a execução da atividade, incluindo cursos preparatórios obrigatórios, compra de imóvel e pagamento de tributos, além da compra de produtos como insumos para cerveja.
No Japão
O visto para empreendedorismo no cenário japonês foi facilitado de modo a acelerar a autorização de empresas estrangeiras no país. O documento garante residência temporária de quatro meses, podendo ser estendida de acordo com o andamento do negócio.
Durante o período de quatro meses, o empreendedor deve se apressar para se adequar a todas as exigências do governo japonês antes de expirar o visto. Essas exigências abrangem margens de investimento mínimo e adequação à legislação trabalhista.
O Japão exige um valor mínimo de 5 milhões de ienes, a moeda local que convertida em reais, equivale a pouco mais de R$200 mil, como investimento inicial na empresa. O montante cobre as despesas de instalação e contratação de funcionários.
O empreendedor deve adquirir imóvel na região em que pretende abrir o negócio e solucionar todas as despesas operacionais do local, como serviço de instalação elétrica. A empresa também deve pagar a tributação específica para previdência e seguro social.
Conclusion
Empreender fora do Brasil pode ser uma saída inteligente para aqueles que enfrentam o momento de crise econômica. No entanto, mesmo os países mais abertos ao capital estrangeiro possuem regras que devem ser observadas.
Como em todo negócio, as chances de sucesso são maiores quando a empresa é instalada de maneira organizada, após um estudo sobre o projeto, sua relevância e viabilidade em determinada região.
Um robusto planejamento protege um empreendimento de crises, variações de mercado e uma intensa concorrência, elemento inevitável para as principais metrópoles e mercados consumidores do mundo.
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